05/08/2021

A revolução do GNL

O gás natural liquefeito se diferencia do GNC porque pode abrir pontos ali onde a rede de gás não chega, criando uma oferta de combustível que traz todos os benefícios do GNC, sendo ideal para o transporte de cargas.

Estação Galileo Patagônia para a carga de GNL

Estação Galileo Patagônia para a carga de GNL

El Expreso Magazine de Transporte entrevistou Julio Rodríguez, Gerente de Marketing da Galileo Technologies, sobre a implementação do Gás Natural Liquefeito como nova forma de combustível.

– Qual autonomia oferece o GNL?

– Com o GNL, estamos falando de autonomias dentre 700 e 1700 quilômetros, segundo a nova oferta automotriz existente.

A nossa estação (de carga de GNL) se chama Galileo Patagônia, justamente inspirada no nome das regiões mais prístinas do planeta, porque estamos falando de reduzir emissões de carbono, eliminar emissões de gases nocivos para o meio ambiente e para nossa vida cotidiana, e estamos falando de uma diminuição de custos de aproximadamente 50%.

A estação Patagônia é absolutamente compacta comparada com a tecnologia que existe no mundo para esse tipo de estações. Nós diminuímos o tamanho em 80%, estamos falando de sistemas de armazenamento; a estação propriamente dita que tem bicos de carga incorporados para GNL, para GNC, também pode atender bombas externas, abastecendo diferentes tipos de veículos em simultâneo.

Uma das virtudes do equipamento é que possui duas entradas laterais que recebem o gás liquefeito desde o tanque, então economizamos em bombas e equipamentos para a descarga do gás e também em espaço, melhorando a eficiência de toda a solução que fornecemos.

– Então, tenho uma estação Patagônia para alimentar um caminhão com GNL e tenho uma saída para GNC. Quanto demoram?

– Um caminhão diesel demora aproximadamente 25 minutos. Carregando GNL, um caminhão com tanques de combustível para carregar 350 quilos de GNL demora menos de 6 minutos. Com GNC de alto caudal, também falamos de muitos poucos minutos.

A diferença é enorme em termos de serviço e de competitividade, e insisto muito no ambiental. Os que fornecem carga estão interessados em diminuir o impacto ambiental. Pensemos nas cadeias de distribuição: é essencial resolver o assunto com combustível de menores emissões. Os consumidores querem produtos mais limpos em termos de embalagem, elaboração e distribuição.

Repostaje = Reabastecimento de GNL em um caminhão da frota da Galileo.

Repostaje = Reabastecimento de GNL em um caminhão da frota da Galileo.

– Como é obtido?

Criamos umas máquinas que se ocupam de tratar o gás e liquefazê-lo diretamente nos poços, e isso nos permite embalar o gás em grandes tanques e transportá-lo como combustível líquido e levá-lo para qualquer lugar sem limites de distância. Em definitiva, isso é o que nos permite instalar as estações Patagônia, separando as estações de gás do mapa das redes de gasodutos.

– Sabemos que a Galileo está trabalhando em novas tecnologias, como o hidrogênio.

– Acabamos de apresentar uma nova estação para a carga de hidrogênio, com dois bicos de carga: um, de 35 mega pascais, e outro de 70 mega pascais. São os dois padrões que a indústria automotriz oferece para esse tipo de veículos, que ainda está em um estágio inicial. É uma tecnologia sob desenvolvimento no setor automotriz, mas sempre sabemos que em toda nova alternativa de mobilidade e de combustível se dá o dilema do ovo e da galinha. Não há veículos que funcionem com hidrogênio porque não há pontos de abastecimento.

A Galileo contribui com a expectativa dos consumidores que procuram combustíveis que reduzam as emissões através dessa nova estação. Em concreto, no caso do hidrogênio, a promessa é muito grande porque um veículo que funciona com células de combustível a hidrogênio só emite vapor d´água.

A Galileo Technologies contribui com a expectativa dos consumidores que procuram combustíveis que reduzam as emissões através dessa nova estação.

Então, para ir enchendo o vazio no fornecimento do combustível, nós criamos essa estação Galileo Patagônia Hidrogênio, e também estamos trabalhando para toda a produção desse hidrogênio ser verde, quer dizer, para que toda a cadeia de valor seja renovável. Hoje, apenas 0,1% do hidrogênio produzido no mundo é através da eletrólise d´água a partir de uma fonte renovável. Estamos trabalhando para ampliar tecnologicamente essa oferta de hidrogênio de fontes renováveis, para a cadeia ficar completa.

Nós acreditamos que o mundo da mobilidade terá muitas alternativas de combustíveis convivendo ao mesmo tempo. Nós tendemos a buscar alternativas que produzam cada vez menos emissões. O gás natural traz como benefício 20% menos de emissões de carbono, falamos do gás renovável, de moléculas de metano, e isso se faz na Argentina. Concorremos com grandes players do mundo e, além das máquinas, temos muito software e muita digitalização para a leitura da informação, e a eletrônica dos equipamentos.

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